segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Homem de Neandertal tinha vida sexual agitada

Grande intensidade das atividades sexuais marcaram a vida do Homem de Neandertal.  É o que sugere um estudo publicado pelo Journal Proceedings of the British Royal Society, levando em conta o comprimento do dedo que pode indicar promiscuidade entre hominídeos. Os pesquisadores liderados por Emma Nelson, da Universidade de Liverpool, noroeste da Inglaterra, observaram fósseis de dedos de quatro espécies de hominídeos.

A teoria de Emma Nelson é baseada na razão entre o comprimento do dedo indicador se comparado com o dedo anelar.  Pesquisas anteriores realizadas por seu grupo concluíram que a exposição no útero a hormônios sexuais como andrógenos, nos quais se inclui a testosterona, afeta o comprimento dos dedos - e comportamentos sociais futuros. Altos índices de andrógenos no útero aumentam o comprimento do dedo anelar em relação ao segundo dedo, que assim diminui a proporção.


Esses fósseis compreendem o Ardipithecus ramidus, um hominídeo que viveu cerca de 4,4 milhões de anos atrás. Uma baixa proporção dos dedos apresentada pelo Ardipithecus ramidus indicou que ele era mais despudorado, enquanto uma alta proporção nos dedos do Australopithecus afarensis demonstrava a preferência por exclusividade. As proporções baixas dos Neandertais e dos primeiros humanos "sugerem que os dois grupos podem ter sido mais promíscuos que a maioria das populações humanas", afirmam os autores.

"A harmonia entre o casal, em um sentido amplo, é universal entre humanos, mas não se sabe quando a transição de um sistema promíscuo para um estável ocorreu", conclui o estudo.

Este tema poderá incrementar as discussões da Conferência.  Participe!!


Com informações da AFP
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